O trabalho do professor Rodrigo Cardoso está em destaque no Portal do Professor, na Edição Folclore na Escola.
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O Boi de Mamão é uma manifestação folclórica típica de SC
No
pequeno município catarinense de Cocal do Sul, eventos promovidos pelas escolas
em épocas de festas juninas e julinas e na Semana do Folclore, em agosto, são
aguardados com ansiedade pela comunidade. “As crianças gostam das festividades
e impulsionam os pais para que participem”, analisa o professor Rodrigo
Cardoso, que leciona em três escolas do município.
“O
que mais chama a atenção é o envolvimento dos alunos nesses eventos culturais”,
diz o professor. “Notamos o orgulho de cada um nas apresentações e nos
ensaios.”
Professor
de artes no Colégio Cocal e de musicalização nas escolas municipais de ensino
fundamental Cristo Rei e Demétrio Bettiol, Rodrigo trabalha com diversos temas,
mas o que mais o emociona é o Boi de Mamão, manifestação folclórica típica de
Santa Catarina, que envolve dança e cantoria. Ele coordena o grupo do Boi na
escola Demétrio Bettiol. Além de cuidar da parte musical, ajuda na confecção
dos personagens.
Toda
a escola, porém, é mobilizada a ajudar na parte de figurinos e manutenção. Os
estudantes participam da cantoria, tocam instrumentos, pintam os bichos e
ajudam na costura, colagem e acabamentos.
Para
as apresentações, têm prioridade os alunos das turmas do nono ano, por serem
maiores. “Há mais facilidade, se houver necessidade de participação em turno
diferente”, explica. O grupo é convidado, com frequência, a fazer apresentações
em outras escolas e instituições e já se apresentou em municípios vizinhos. Em
2013, foi produzido um vídeo sobre o trabalho.
Rodrigo
atua no magistério há 14 anos. Nas aulas, ele procura sempre estimular a troca
de experiências com os alunos. “Possibilito que eles tragam instrumentos
musicais que tocam e trago os que eu toco”, diz. “Confeccionamos instrumentos,
aprendemos cantorias.”
O
professor também usa recursos de vídeo e de áudio. “Não utilizo músicas que
contenham conteúdo inapropriado ou façam algum tipo de apologia nociva à saúde
mental e física dos alunos”, enfatiza Rodrigo, que tem graduação em artes e
pós-graduação em metodologia do ensino da música. (Fátima Schenini)