segunda-feira, 18 de junho de 2012

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Quando nada parece ajudar, eu vou ver o cortador de pedras, cortando sua rocha cem vezes, sem que uma só rachadura apareça.
No entanto, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas e eu sei que não foi só aquela que conseguiu, mas todas que vieram antes.
(JACOB RIIS)

REELABORAÇÃO DE CONCEITOS...
Deficiência? Diagnóstico? Escola? Gestão? Professor? Aluno? Currículo? Avaliação?

O DESAFIO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA...

ACESSO
1994 – Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade (Salamanca): dispõe sobre a obrigatoriedade das escolas de acolher todas as crianças, independentemente de suas condições pessoais.

Em 2004, o Ministério Público Federal divulgou o documento O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular

PERMANÊNCIA
A Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, Lei Nº 9.394, de20-12-1996, trata, especificamente, no Capítulo V, da Educação Especial. Definindo-a como "modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para pessoas com necessidades educacionais especiais”.

APRENDIZAGEM
Segundo Michaelis:  aprendizagem
a.pren.di.za.gem
sf (aprendiz+agem) 1 Ação de aprender qualquer ofício, arte ou ciência. 2 O tempo gasto para aprender uma arte ou ofício. 3 Psicol Denominação geral dada a mudanças permanentes de comportamento como resultado de treino ou experiência anterior; processo pelo qual se adquirem essas mudanças. Var: aprendizado.

FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR
Flexibilização = flexível
Objetivo;
Conteúdo;
Métodos de ensino;
Atividade;
Tempo;
Avaliação.

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A gente REMA, REMA pra acompanhar a MARÉ da INCLUSÃO ESCOLAR!

ROTEIRO PARA SUBSIDIAR O PROCESSO DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

A avaliação é substancialmente reflexão, capacidade única e exclusiva do ser humano,
de pensar sobre seus atos, de analisá-los, julgá-los, interagindo com o mundo e com outros seres, influindo e sofrendo influências sobre seu pensar e seu agir. (HOFFMANN, 2001)

A seguir alguns questionamentos que poderão servir como subsídios para a avaliação dos alunos na perspectiva de uma educação inclusiva:

1.    Estabelece interação com o grupo? De que forma?
2.    Explica o que deseja? De que forma?
3.    Tem iniciativas? É autônomo, em que situações?
4.    É independente na utilização e exploração do espaço físico escolar? Necessitam de mediações e auxílio, quais?
5.    Como ocorre o processo da elaboração da linguagem oral, leitura e escrita?
6.    Usa a fala para organizar sua ação?
7.    Fala articulando fatos?
8.    Consegue ser compreendido pelo grupo, e por outros interlocutores?
9.    Explora outras formas de comunicação? Gestos, sinais, mímicas, expressão facial, expressão corporal, desenhos, objetos, outros?
10. Interpreta o que ouve, como? Produz conclusões e explicações próprias? Acrescenta sua opinião? Em que situações?
11. Utiliza símbolos diversos? Compreende suas formas de representação?
12. Faz leitura incipiente (Que começa; principiante)?
13. Lê o que escreve? Representa fatos através de desenhos?
14. Registra, ainda que não convencionalmente, atividades de pesquisa em livros, jornais, revistas, dicionários. Passeios, experiências práticas, maquetes, mapas, museus, etc.
15. Utiliza a escrita convencional como forma de registro e de comunicação?
16. Utiliza-se de observações, manipulações e/ou vivências no processo de elaboração conceitual? Quando? Como?
17. Estabelece relações entre os conteúdos estudados? Como?
18. Consegue apropriar-se dos conhecimentos propostos utilizando-os para interagir com o meio?

      A avaliação deve se definir a partir dos objetivos traçados e os instrumentos utilizados devem ser pertinentes ao que se pretende avaliar, observando o que a escola propõe no seu Projeto Político Pedagógico. A avaliação deve ser contínua, evitando-se a comparação entre os alunos.
      Avaliamos para conhecer não apenas os progressos dos nossos alunos, mas também para refletir sobre a prática pedagógica em nossa sala de aula.

Algumas reflexões para os professores:
·         Qual a função do professor no processo educativo?
·         De que forma pode-se avaliar sem classificar?
·         Que espaços e que tempo o professor possibilita para que os alunos possam expressar o que sentem e o que pensam?
·         Será que o professor está atento para as diferentes formas de linguagem e aprendizagens?
·         Que paradigmas precisam ser rompidos para que a prática pedagógica contribua na construção de uma sociedade mais justa que respeite as diferenças?


Organização: Equipe do SAEDE/ DM  da FCEE