sábado, 25 de março de 2017

ADAPTAÇÃO: TEMPO DE CONHECIMENTO E
ACOLHIMENTO MÚTUO
                  
                   A adaptação é um período muito especial para todos: crianças, familiares e professores. Tudo é novo, tudo precisa ser descoberto. Para isso, tempo, paciência, abertura ao novo e ao diálogo são elementos que precisam estar presentes neste período em que a criança começa a frequentar a Escola.
                   Este momento é um acontecimento significativo para toda a família, que terá dois grandes desafios: o ambiente desconhecido e a separação da mãe. Os pais podem e devem ajudar seus filhos neste momento tão importante.
                   Quando iniciamos um trabalho novo ou quando vamos a um lugar desconhecido, sem saber ao certo o caminho que devemos percorrer, como nos sentimos?Alguns responderão ansiosos, outros angustiados, todos apreensivos. Esse é um exemplo simples de como a novidade pode mexer com as pessoas adultas; com os pequenos, isso não é muito diferente. Nesse caso, a nossa postura, como adultos de referência (pai, mãe,avós ou quem exerce a função de educar, cuidar, proteger e amar os pequenos), é de auxiliar neste processo.
            O adulto facilita a adaptação da criança na Escola quando:
·      Cumpre os horários determinados para esse período;
·      Conhece a rotina e os horários da Escola;
·      Repassa todos os detalhes da rotina, e as “manhas” dos filhos aos professores (jeitinho preferido de dormir, horário do sono, como é o choro de fome ou de dor, etc...)
·      Distingue que o educar e o cuidar da Escola são diferentes dos da família, pois o professor tem sob sua responsabilidade outras crianças. Isso não significa que não dará atenção a cada uma delas, mas ele o fará de maneira  diferente do que acontece em casa, o que favorece o  exercício da autonomia e socialização;
·      Tira todas as dúvidas referentes a esse processo com os professores e direção;
·      Salienta-se que a ausência do choro não significa que a criança não esteja sentindo a separação;
·      Cabe à mãe entregar a criança ao educador, colocando-a no chão ou entregando no colo da profissional e incentivando-a a ficar na escola. Não é recomendável deixar o educador com o encargo de retirar a criança do colo da mãe. Quanto mais rápido e determinado for este processo, mais segura à criança estará;
·      O choro na hora da separação nem sempre significa que a criança não queira ficar na escola, muitas vezes, é apenas sinal de birra, manha ou a forma de convencer os pais de algo que desejam. Sono, fome, cansaço, também são motivos para que a criança não queira ficar na escola. Embora seja comum a criança resistir na entrada (o choro, a raiva e a birra fazem parte deste processo), pois é o momento em que é “cortado” o vínculo com a família. Porém, é preciso deixar claro, que mesmo com choro, a criança deve permanecer na escola. As professoras e a direção avaliam no decorrer do período até que ponto a criança poderá suportar, comunicando aos pais, se necessário.
·      Os pais devem se despedir do filho e avisar que logo irão retomar para buscá-lo. Em caso de choro, se despeçam com firmeza, reforçando que já voltarão;
·      A sala de aula é um espaço que deve ser respeitado e a presença dos pais nela, além de dificultar a compreensão da separação, fará outras crianças cobrarem a presença de suas mães, neste sentido, a direção e as professoras avaliam caso a caso e orientam as mães sempre que necessário;
     

Confiem na Escola como um espaço seguro e repleto de energia amorosa. Esforcem-se para estar tranquilos  com a separação. Esse sentimento será transmitido a criança e vai facilitar muito adaptação.

Com carinho,
Coordenação Pedagógica.