ADAPTAÇÃO:
TEMPO DE CONHECIMENTO E
ACOLHIMENTO
MÚTUO
A
adaptação é um período muito especial para todos: crianças, familiares e
professores. Tudo é novo, tudo precisa ser descoberto. Para isso, tempo,
paciência, abertura ao novo e ao diálogo são elementos que precisam estar
presentes neste período em que a criança começa a frequentar a Escola.
Este momento é um
acontecimento significativo para toda a família, que terá dois grandes
desafios: o ambiente desconhecido e a separação da mãe. Os pais podem e devem
ajudar seus filhos neste momento tão importante.
Quando iniciamos um trabalho
novo ou quando vamos a um lugar desconhecido, sem saber ao certo o caminho que
devemos percorrer, como nos sentimos?Alguns responderão ansiosos, outros
angustiados, todos apreensivos. Esse é um exemplo simples de como a novidade
pode mexer com as pessoas adultas; com os pequenos, isso não é muito diferente.
Nesse caso, a nossa postura, como adultos de referência (pai, mãe,avós ou quem
exerce a função de educar, cuidar, proteger e amar os pequenos), é de auxiliar
neste processo.
O adulto facilita a adaptação da
criança na Escola quando:
· Cumpre
os horários determinados para esse período;
· Conhece
a rotina e os horários da Escola;
· Repassa
todos os detalhes da rotina, e as “manhas” dos filhos aos professores (jeitinho
preferido de dormir, horário do sono, como é o choro de fome ou de dor, etc...)
· Distingue
que o educar e o cuidar da Escola são diferentes dos da família, pois o
professor tem sob sua responsabilidade outras crianças. Isso não significa que
não dará atenção a cada uma delas, mas ele o fará de maneira diferente do que acontece em casa, o que
favorece o exercício da autonomia e
socialização;
· Tira
todas as dúvidas referentes a esse processo com os professores e direção;
· Salienta-se
que a ausência do choro não significa que a criança não esteja sentindo a
separação;
· Cabe
à mãe entregar a criança ao educador, colocando-a no chão ou entregando no colo
da profissional e incentivando-a a ficar na escola. Não é recomendável deixar o
educador com o encargo de retirar a criança do colo da mãe. Quanto mais rápido
e determinado for este processo, mais segura à criança estará;
· O
choro na hora da separação nem sempre significa que a criança não queira ficar
na escola, muitas vezes, é apenas sinal de birra, manha ou a forma de convencer
os pais de algo que desejam. Sono, fome, cansaço, também são motivos para que a
criança não queira ficar na escola. Embora seja comum a criança resistir na
entrada (o choro, a raiva e a birra fazem parte deste processo), pois é o
momento em que é “cortado” o vínculo com a família. Porém, é preciso deixar
claro, que mesmo com choro, a criança deve permanecer na escola. As professoras
e a direção avaliam no decorrer do período até que ponto a criança poderá
suportar, comunicando aos pais, se necessário.
· Os
pais devem se despedir do filho e avisar que logo irão retomar para buscá-lo.
Em caso de choro, se despeçam com firmeza, reforçando que já voltarão;
· A
sala de aula é um espaço que deve ser respeitado e a presença dos pais nela,
além de dificultar a compreensão da separação, fará outras crianças cobrarem a
presença de suas mães, neste sentido, a direção e as professoras avaliam caso a
caso e orientam as mães sempre que necessário;
Confiem na Escola como
um espaço seguro e repleto de energia amorosa. Esforcem-se para estar
tranquilos com a separação. Esse
sentimento será transmitido a criança e vai facilitar muito adaptação.
Com
carinho,
Coordenação
Pedagógica.